baguinho de arroz

Este blog é dedicado a um baguinho de arroz que cresce na minha barriga e encanta uns papás de 1ª viagem... >24/02/2006 O baguinho de arroz já cresce fora da barriga da mãe, mas continuamos a ser uns papás estreantes e encantados.<

terça-feira, julho 31, 2007

fim de semana de casamento

Tenho andado sem tempo e sem disposição para escrever. A minha cabeça fervilha de coisas mas, sofro de alguma incapacidade para colocar num papel o que me vai na alma.
Em casa não tenho net, logo, só no trabalho é que tenho oportunidade de visitar as minhas amigas virtuais. Gostaria de acompanhar melhor e mais assiduamente mas as coisas nem sempre correm como desejamos e estas ultimas semanas têm sido de loucos.
Mesmo assim, vou sempre fazendo umas pequenas pausas e vou espreitando em busca de noticias. Que me desculpem as ausências de comentários mas realmente tem sido difícil.
E especialmente para ti Maria, noticias do nosso Baguinho de Arroz.
Não há muito a dizer de novidades. Tivemos um fim de semana de casamento, o do meu primo Bruno. Se um casamento já é cansativo antes de termos um filho, depois é muito pior. E neste caso, que ela não gosta muito de pessoas estranhas e emaranha por mim acima e agarra-se ao meu pescoço. As minhas tias (sim tenho muitas) são daquelas senhoras que adoram agarrar e apertar crianças (com boa intenção, claro) mas a Lara detesta isso e então se a arrancam do meu colo está tudo estragado. As pessoas que ela conhece e gosta, tudo bem, agora o resto do pessoal tem de entrar calmamente...
Sempre activa e de um lado para o outro, foi difícil mante-la sossegada um minuto. Mas lá tentámos que se aguentasse o tempo suficiente para comermos, ia-se entretendo com as novidades que havia à mão. O guardanapo, pois então.
 

Levámos alguns brinquedos mas as novidades eram mais que muitas e ela gostava mesmo era de ver os meninos mais velhos a correr desalmadamente pela sala. Tinha de a “proteger” porque eles a iam atropelando algumas vezes. Ela não tinha noção que não era suposto pôr-se à frente de alguém a correr.
Ontem foi um dia de calor de derreter. Quando chegámos a casa, o quarto da Lara estava com 30ºC. (sim, isso mesmo) conclusão, acabamos a dormir todos na sala. Faz de conta que estamos a acampar.
Um beijinho grande para a Suzaninha que está a recuperar de uma operação. Estamos a torcer para que fiques bem num instantinho.

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O desafio

Lembrei-me de concluir um desafio hoje,  porque acabei de ler um livro que fechei algumas vezes, pensando que era demais para mim. Tinha ouvido falar que era fantástico, mas eu achei outras coisas deste livro.

Vou aceitar o desafio da mamã Maria, um desafio que colocou a quem a visita e que achei interessante (já lá vai algum tempo):


"Desafio da Pag. 161"

O desafio consiste em:

1. Pegar no livro mais próximo
 
(cá está ele: "Cem anos de solidão" de Gabriel Garcia Marquez)

2. Abri-lo na página 161 
(e se o livro não tivesse tantas paginas...mh?)

3. Procurar a 5ª frase completa (não confundir com paragrafo) 
(ok, bem lembrado, com a era SMS não sei se ainda sei o que é isso hehehe)

4. Colocar a frase no vosso blogue e/ou como comentário no meu 
( e cá vai ela, por mais estranha que possa parecer)
(...) Tornou-se homem de rixas, arruaceiro de bar e acordou a rebolar-se nas suas próprias excrencias na taberna de Catarino.(...)


5. Não vale escolher a melhor frase no melhor livro (peguem no que têm mais à mão) 
(neste livro não hove muitas frases belas e assim foi a única forma de aparecer a palavra "excrências" neste blog hehehehehe) 

6. Passar o desafio a cinco pessoas.
(sintam-se desafiados a partir de....... de....de.............agora!)

Boas Leituras!!

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segunda-feira, julho 16, 2007

as vacinas e não só

Dei-me conta que não actualizei a informação sobre a consulta do meu Baguinho de Arroz. Lembrei-me agora porque tive de consultar o PC para comprar um chapéu para um casamento a que vamos no dia 28.
Tivemos a consulta dos 16 meses no dia 27/6 e descobri que era suposto ela ter levado as vacinas dos 15 meses e só levou agora. Tinha memorizado que era no dia da consulta, mas como foi alterada eu devia ter-me lembrado das vacinas....enfim, a minha cabeça não anda nas melhores condições.
Assim, as elegante da minha filha estava no dia 27 com 8,780 Kg, comprimento 76,5cm e PC 47 cm. Continua no seu P5. Um piolhico portanto. Levou as vacinas e foi consultada pela médica do centro de saúde. Choradeira terrível quer para pesar, para medir, para auscultar .... enfim. Com as vacinas nem vale a pena comentar o choro, que foi de fazer tremer as paredes... De resto tudo nos conformes.
Voltámos à estaca zero na questão de adormecer. A maior parte das vezes é muito difícil e adormece por volta da meia noite. Não interessa a que horas vá com ela para o quarto, a tente acalmar, ler uma historia... A diferença só está no nível de cansaço. Se iniciar este processo às dez, temos festa duas horas, se iniciarmos às dez e meia, é uma hora e meia de voltas e choro....e assim sucessivamente... e depois a alvorada é inevitavelmente as 7 da manhã, sábados domingos e feriados....Estamos bem portanto.
Ontem fomos comprar umas sandálias para o Baguinho de Arroz, e na loja a senhora diz para nós «a menina parece ser bastante eléctrica»....(sim, nota-se muito...)
Concluindo, sou a mãe mais feliz do mundo com uma filha linda e um bocadinho enérgica, mas muito querida que dá uns beijinhos que me fazem tão bem...

P.s – Obrigado pelo vosso apoio.

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segunda-feira, julho 09, 2007

Não sou filha de sangue, mas sinto-me como tal.
O meu coração não consegue fazer a distinção...e na realidade não o quero fazer.
Tento sempre não me impor, pois sei que não tenho direito, as ultimas horas são para a família...
Olho para ela e quase não a reconheço. Pego-lhe na mão e sim, lá está...As mãos delicadas que sempre me deram tanto carinho.
Tento olhar em redor e procurar a sua presença algures no quarto, mas é difícil abstrair-me da cama e da figura que ali está.
Dizem-me que não sabe que estou ali, mas quase que ia jurar que senti um movimento da sua mão, a tentar agarrar a minha....dizem-me que foi impressão.
Não consigo deixar de pensar que ali está a responsável por algumas das recordações mais felizes da minha infância...Recordo com tantas saudades os beijinhos repenicados que dava e se ouviam. A paciência infinita com que contava as mesmas historias vezes sem conta à mesa, para me fazer comer.
Os cheiros da casa, a sensação de segurança, as mãos sedosas que me lavavam o rosto....
É difícil despedir-me, gostava de ficar ali para sempre, como se ao agarrar-lhe na mão ela talvez quisesse ficar...mas tenho de ir.
Dei-lhe um beijo e disse-lhe ao ouvido que tinha de ir, não podia ficar mais... e descontrolei-me, não estava preparada para lhe dar o ultimo beijo, não estava e deixei-me levar num turbilhão de emoções e chorei. Chorei e solucei junto dela, na esperança que me dissesse “até amanhã” como da ultima vez. Mas nada, estava como que envolta num sono profundo sem retorno.
Não a queria largar... sempre lutei toda a minha vida para manter o controlo e ali tinha-o perdido. Mostrar as emoções aos outros torna-nos vulneráveis aos julgamentos....
Fui arrancada do meu pesadelo por uma voz grave, demasiado incisiva e fria que me fez estremecer. Era claro que não podia perder o controlo, não ali, não na frente dos que pertencem...eu não pertenço....
Quase de repente, as lagrimas secaram na minha cara e as ideias começaram a clarear, e saí....
À janela, olhando a imensidão que é o hospital, contemplo quase sem emoções as parede cinzentas...sinto que não é justo e penso que não devia ter vindo...
Tive quase a certeza que esta seria a ultima vez que a iria ver...
Voltei ao meu controlo, aquele que me esforcei toda a vida por ter...mas é difícil...sinto uma dor forte no peito e sinto que estou a flutuar numa espécie de realidade paralela....
Era uma tarde de muito vento....ontem. Era como se o vento tivesse vindo busca-la e se debatesse contra as paredes cinzentas daquele hospital, tentando cumprir a sua missão...Ontem foi a ultima vez que a vi e hoje já não está connosco.
Tento procura-la perto de mim, tentar que o vento me traga algum consolo para a minha tristeza...
Saudades, tantas saudades...

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Banhoco

Passámos de total aversão ao banho, com choradeiras terríveis, para querer tomar banho a toda a hora. É só ver a porta da casa de banho aberta, vai para junto da banheira e diz: “pá-pá-pá” (entenda-se chap-chap-chap). E realmente é uma festa, chapinha, conversa, brinca, grita...só há um senão, lavar a cabeça...isso é que ainda não dá. Mas lá chegaremos.
Houve uma altura que bastava dizer:"Larita, vamos tomar um banhoco?" e ela com o dedito espetado dizia logo "nã-nã-nã".
Agora de manhã temos ás vezes surpresas dentro da banheira, porque ela acha tudo jeitoso para ir lá para dentro. Vai apanhando brinquedos (e não só) e deita lá para dentro. Hoje eram os chinelitos dela...
Embora esteja um bocadinho preguiçosa para falar lá vai dizendo umas coisinhas, e para registo aqui estão mais umas palavritas:
Gáda – Obrigado
Tá-ii – Está ali
Bá-hm – Umbigo (levanta-nos a camisola e aponta...)

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